Raku é uma técnica de queima de cerâmica iniciada no Japão medieval e está associada à cerimônia do chá.
No século XVI o monge Sen No Rikyu disciplinou a cerimônia, que havia adquirido características de evento social, para voltar à forma original como parte dos rituais de meditação dos monges zen budistas, retomando sua dimensão espiritual.
Nesse processo, os utensílios sofisticados foram substituídos por peças simples queimadas e resfriadas rapidamente. A técnica permaneceu restrita ao Japão até que foi levada para a Inglaterra em 1920 e nos anos 50 para a América, de onde se tornou conhecida no ocidente.
A queima de raku é caracterizada pelo aumento rápido da temperatura até 980ºC. As peças são retiradas do forno quentes, colocadas em serragem de madeira e em seguida resfriadas com água. O choque térmico da diferença de temperatura causa craquelado no esmalte, por onde a fumaça da serragem penetra, tornando as rachaduras bem visíveis. Os desenhos formados são belos e imprevisíveis, e todas as peças são únicas